O comprimido rosa: viagra feminino
Depois do famoso "comprimido azul", o viagra masculino, eis que foi criada a versão para elas: o viagra feminino. Embora o desejo sexual feminino funcione de uma forma completamente diferente de um homem, porque depende muito de estímulos emocionais, esta promete ser uma "ajuda" para incrementar a líbido de 27% das mulheres que sofrem com a falta de desejo sexual.
Já foi autorizado nos States (tinha de ser, claro...) sob o nome comercial de «Flibanserina». Só não se sabe se realmente vai resultar como o azul. No caso dos homens, o desejo é geralmente espontâneo; nas mulheres é mais complexo e depende de fatores externos ao ato sexual, como saúde física e emocional, vínculo afetivo e outros 500 mil, não fosse a mulher um "bicho" complexo.
O medicamento foi concebido inicialmente como um antidepressivo, embora nos testes se tenha provado que não funcionava enquanto tal. O que se descobriu nesses estudos é que as mulheres manifestavam um efeito secundário muito interessante: um maior desejo sexual. O comprimido parece agir regulando o equilíbrio dos neurotransmissores nos circuitos cerebrais, principalmente a dopamina, a noradrenalina e a serotonina, libertando a ação de circuitos frontais que inibem o desejo sexual.
O consumo também é diferente: ao contrário do Viagra, que é tomado apenas quando se vai ter uma relação sexual e que tem um efeito curto, a Flibanserina deve ser tomada diariamente e os efeitos podem ser percebidos depois de quatro semanas de tratamento. De acordo com o laboratório, não há uma duração padrão do tratamento, que deve ser definida pelo médico de referência.
Posto tudo isto... valerá a pena tomar? Se és homem e estás a ler este artigo todo contente, já a pensar em dar a volta à tua amada para tomar esta coisa, mais vale investires em chocolates, flores, palavras e gestos bonitos, amor, carinho, sapatos, maquilhagem, viagens... (lol) que, segura e comprovadamente resultarão melhor para os teus propósitos...