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Brega & Chique

Este é um blogue de uma mulher portuguesa com todas as (f)utilidades inerentes a essa condição...

Quando o "não, obrigada" não é suficiente

 Longe vão os tempos em que as pessoas sabiam o significado das palavras, nomeadamente a diferença entre três tão simples como "não", "sim" e "talvez". Hum... para relembrar vou socorrer-me do dicionário da "Priberam". Vejamos:

«não: partícula afirmativa oposta à afirmativa sim; recusa; negação

sim: exprime afirmação, consentimento, anuência

talvez: usa-se para indicar uma possibilidade; usa-se para indicar dúvida ou incerteza»

Posto isto, creio que não restam dúvidas de que "não" ou "talvez" não têm o significado de "sim", certo? E explicar estes três conceitos às alminhas que nos atanazam a paciência por telefone e até presencialmente com o dedo colado na nossa campainha?...

 

São operadores de telemóveis, de sistemas de ar purificado, de cartões de crédito, de cartões de viagens, de prémios fantásticos que ganhámos, de TV cabo... e de mais mil e uma porras que nunca mais acabam e ligam-nos (e aparecem-nos em casa) de manhã à noite!

 

Outra coisa curiosa que costuma acontecer quando nos melgam é que têm uma pontaria inacreditável para escolher ligar naquele momento em que estamos a fazer alguma coisa importante e que não queremos deixar a meio, mas a porcaria do telefone não pára de tocar e pensamos "deve ser importante, é melhor atender" ou nos aparecem em casa quando estamos a meio de fazer o jantar ou quase a sair de casa, invariavelmente atrasados, com certeza.

 

Enfim... no início, a pessoa tenta ser educado e responder "obrigada, mas não" ou "não estou interessada, mas obrigada" ou ainda "vou pensar nisso, mas agora não" ou qualquer coisa do género. O problema é que como o nosso interlocutor não conhece os significados das palavrinhas que acima transcrevi, a "coisa" complica-se.

 

O menos mal que vos podem fazer é insistir algumas vezes e repetirem-nos o que já nos tinham dito de formas diferentes. Ok... é chamar-nos de burros na mesmas, mas enfim... a pessoa diz uns "nãos" mais incisivos ou fecha o sorriso se for presencialmente e despacha, compreendendo que o nosso interlocutor está a fazer o papel dele e pronto.

 

O que tem acontecido ultimamente não é nada disso...

 

Ora, se eu fosse vendedor e a pessoa me estivesse a dizer uma coisa deste género "não vou comprar nada, portanto não perca o seu tempo; é melhor investi-lo noutra pessoa que talvez compre" não ficava a ganhar mais se o fizesse? A resposta é: toda a gente ficava a ganhar. O vendedor porque ia chagar alguém que até comprasse e eu porque não perdia o meu tempo com o que não me interessava. Mas não...

 

Hoje em dia, esta gente enfurece-se, grita, insulta e até já tive quem me desligasse o telefone na cara! Por isso, depois de esgotar a minha fase de "educada" e de o "não, obrigada" não resultar, pode acontecer o seguinte (depende do meu estado de espírito e do grau de ocupação):

- pouso o telefone e vou tratar da minha vida, deixando o outro a discorrer as maravilhas de qualquer coisa que não me interessa minimamente, até se fartar ou se aperceber de que não está ninguém do outro lado;

- Respondo às coisas que me perguntam todas trocadas;

- Pergunto quem deu o meu número e ameaço com um processo judicial;

- Digo que sim a tudo e no momento dos dados, invento-os;

- Começo a fazer-me de louca e falar sobre outro assunto diferente;

- Desligo a chamada;

- Quando são malcriados e ligam seguido simplesmente mando para o c... e desligo.

 

Não há paciência!!!!!

 

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