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Brega & Chique

Este é um blogue de uma mulher portuguesa com todas as (f)utilidades inerentes a essa condição...

Série: «Unorthodox», na Netflix (minissérie)

Netflix's 'Unorthodox' Exposes Extremes - Atlanta Jewish Times

Unorthodox é uma minissérie da Netflix de quatro episódios. Ela é inspirada na autobiografia de Deborah Feldman “Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots”. A autora deste livro nasceu numa rígida comunidade hassídica de Brooklyn, Nova Iorque, nos EUA, que foi criada com descendentes do Holocausto. Estes acreditam que as perseguições que sofreram ao longo dos tempos foram devidas a um castigo divino por se terem misturado com as restantes comunidades e por se terem desviado dos seus costumes mais antigos. Assim, para evitar novas repressões são ultraconservadores e seguem à risca as regras mais arcaicas, que são uma interpretação extrema dos mandamentos judaicos.

 

Tanto a autobiografia como a série retratam o percurso da libertação (da autora, no livro e da personagem Esther, na série) dessa comunidade. Atenção que a série não é a história de Deborah, embora esta tenha participado ativamente nas gravações.

Não deixa de ser curioso que todas as religiões levadas ao extremo (e até sem ser ao extremo...) tentem sempre castrar as mulheres, a sua sexualidade e a sua liberdade enquanto indivíduo. Como se sugere na série, será que é porque as mulheres são o recetáculo da vida humana, e portanto, há que controlar a perpetuação da estirpe?...

É importante ver esta série e perceber que, no século XXI, num país democrático ocidental, numa religião que não é de Maomé (o ocidente teima em ver apenas esta religião como opressora das mulheres) situações como as apresentadas ainda possam acontecer com "normalidade".

Série: Coisa mais linda (Netflix)

Coisa mais linda (2019), por Camilla S.

Como já não falo de séries aqui há algum tempo, hoje trago-vos esta proposta da Netflix que adorei ver (e que espero que tenha mais temporadas): «Coisa mais linda».

Série Coisa Mais  (Foto:  )

 As duas temporadas já existentes abordam os finais dos anos 50 (em que se deu o aparecimento da Bossa Nova) e 60 do Brasil, focando-se na personagem Malu e nas suas amigas. A série é rica no tratamento de temas como a discriminação de sexo, violência doméstica, racismo, amizade, desigualdade social, esteriótipos sociais, liberdade e igualdade sexual e, claro, com uma banda sonora de sonho.

Lígia (Fernanda Vasconcellos) carrega as marcas - físicas e ...

A história começa com a vinda de Malu (uma dona de casa, mãe e integrada na sociedade) para o Rio de Janeiro em busca do seu marido. Quando chega, descobre que este a tinha abandonado. Em vez de voltar para junto dos pais e conformar-se com uma vidinha desinteressante e de obediência, decide ficar (a duras penas) e cumprir o seu sonho de abrir um clube de Bossa Nova.

Série Coisa Mais  (Foto:  )

Pouco a pouco, ela vai-se libertando dos grilhões das convenções e de falsos moralismos e vai ganhando a liberdade e o prazer a que todos temos direito, influenciando quem a rodeia. Mas ganhar também significa perder e todas elas vão perdendo bastante ao longo das temporadas... são os sacrifícios das escolhas corajosas que têm de fazer.

Coisa Mais Linda voltou e 2ª temporada está repercutindo na ...

Mas não pensem que a série só se centra no sexo feminino. Não, não... É que para que estas persongens (criadas até com base em pessoas reais) se desenvolvam, interagem com elementos masculinos que muito nos vão dizendo sobre os seus carácteres. Ora representam o esplendor do típico macho latino, o cro-magnon que agride violentamente a mulher até a matar, ou sai completamente deste registo e empodera e ajuda a libertar a mulher da sua abnegação.

E mais não digo, a não ser que vale muito a pena ver esta série. Agradeçam-me depois. 

E preparem os vossos ouvidinhos para coisas maravilhosas como esta (até arrepia):

Trailer da 1ª Temporada:

http://www.adorocinema.com/series/serie-22943/video-19561475/

 

 

Séries: «The people v. O. J. Simpson: american crime story»

 

 

Com um elenco de luxo (como Cuba Gooding Jr. e John Travolta), estes 10 episódios da primeira temporada de «American true story» contam o mediático e intricado caso de O. J. Simpson, que assassinou a sua ex-mulher e respetivo namorado e que, na altura, chocou e dividiu a América.

 

 

O. J. era um famoso jugador de futebol americano e também ator, que os americanos adoravam e que acabou por ser ilibado destes crimes, num longo julgamento muito polémico.

 

Mais tarde, acabou mesmo por ser preso por outros crimes que cometeu, sendo condenado por 33 anos. Este ano (2017) acabou por sair em condicional.

 

No livro que, entretanto, publicou («If I did it»), hipoteticamente e de forma minuciosa e fria, ele relata como cometeria (cometeu) o crime a que escapou da condenação. Como nos Estados Unidos ninguém pode ser julgado duas vezes pelo mesmo crime...

 

Esta série («American true story») prevê ainda mais três temporadas sobre os seguintes assuntos: o assassinato de Gianni Versace, «Katrina» e «Lewinski». Podem ver na Netflix.